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9 de abril de 2010,

1º concerto do Coro da PGR

no Convento da Cartuxa

«Junte-se a nós e vamos fazer reviver as memórias do Palácio onde durante séculos, entre outras manifestações artísticas, imperou a música nos saraus promovidos pela família Palmela.»

 

Era com estas palavras que a Associação Cultural e Desportiva da PGR, satisfazendo a vontade de vários associados, incitava à adesão para a formação do que viria a ser o Coro da Procuradoria-Geral da República.

 

Em 25 de Janeiro de 2010, entre sorrisos de hesitação e rebuços de coragem, a passo de procissão, lá entrámos na antiga capela do Palácio. Tinha lugar o primeiro ensaio. 

Certo é que, volvidos pouco mais de dois meses, já as hostes se perfilavam para o primeiro concerto, no Convento da Cartuxa (09.04.2010).

Não se tratou de arrojo ou presunção. Cientes da dimensão do projecto, avançámos, humildes e em formação. Representávamos a Procuradoria-Geral da República. Perante o ilustre público, trajados a rigor, foi coisa bonita de se ver.

Cantávamos! 

 

É assim que, duas vezes por semana juntamo-nos na antiga capela do Palácio Palmela e fazemos música.

 

De diapasão em riste, o Maestro Manuel Rebelo lá vai intercalando efusivos elogios e contidas repreensões. Não é fácil o desempenho das suas funções.

Foi preciso tenacidade para agarrar cada uma das vozes; assim como quem procura as facetas de uma gema por lapidar. 

Atentos ao Maestro, entreolhamo-nos de soslaio em cada frase melódica; cúmplices que somos nesta arte que, por não ser a nossa, nos surpreende em cada ensaio ou actuação.

 

Reportório firmado e logo o nosso trabalho apreciado e requisitado.

Após o referido concerto de estreia no Convento da Cartuxa, o Coro actuou no Centro de Estudos Judiciários (em 07.07.2010), na Cerimónia de Apresentação dos Novos Procuradores-Adjuntos (15.07.2010), no Almoço de Natal da PGR - Hotel Mundial (17.12.2010), no Concerto de Natal com a participação do CORELIS (20.12.2010), na Missa de Acção de Graças por ocasião da abertura do Ano Judicial – Sé Patriarcal de Lisboa (16.03.2011), no concerto realizado no Estúdio da PGR com a participação do Coro da Parque Expo (20.06.2011), e, uma vez mais, na Cerimónia de Apresentação dos Novos Procuradores-Adjuntos (13.07.2011).

 

Às vezes, cada vez com mais frequência, diga-se, um acorde soa exacto, pleno, grande. 

Nesse momento sabemos que estivemos bem; que era aquilo. Exactamente aquilo.

Há na música essa graça de logo recolhermos os frutos do nosso esforço. 

Nesses breves momentos sentimos a força do que é necessariamente assim e não pode ser de outro modo. 

O absoluto, ali mesmo, presente

Só isso bastaria para continuarmos.

in Revista PGR, julho-setembro 2011 (Procuradores da Républica, João Paulo Rodrigues e Emílio Sampaio,) 

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