Poeta inconformado
Quem me dera ter
o génio do poeta
invocar o saber
para atingir tal meta
Transcender a imaginação
encarnar a alma lusa
ser fé, ser paixão
descobrir a nossa musa
Mas não sou um “Deus”
sou um comum mortal
como enlevar os pares meus
inebriá-los de espírito nacional?
Fora eu Sebastião
o tal desejado
amotinava esta nação
a lutar contra este triste fado
Somos o cordeiro
embalado no altar
o povo é sempre o primeiro
quando há factura para pagar
Onde estás alma minha
tu que descobriste o mundo
andas adormecida pela ladainha
quando submerges lá do fundo?
Assim não te libertas
dessa tua grilheta
será que só despertas
quando te vires na sarjeta?
Acorda Portugal!!!
deixa-te de futebóis
os vampiros continuam afinal
somos iscos nos seus anzóis
Já não somos o Manel e o Zé
já não somos do antigamente
Porra! Ao menos caíamos de pé!
Porra! Ainda somos gente.!
11 de Nov de 2011
Eliseu Guia